18 de mar. de 2010

A Dieta Metafísica


Dentro de cada um de nós há uma voz sábia. Uma boa ligação com esse guia interior pode colocar você em contato com os alimentos de que o seu corpo precisa e nas quantidades que devem ser supridas. Seu corpo é singular, diferente de qualquer outro corpo da Terra. Seu guia interior é sábio e está mais profundamente consciente das necessidades particulares do seu corpo do que qualquer médico ou especialista em dieta. Se você escutar dentro de si mesma e seguir o seu próprio guia de dieta,nunca mais vai precisar depender de mais um livro de dieta, de bebidas dietéticas, ou outras coisas do gênero.

Seguir essa voz interior pode ser uma das sensações mais agradáveis e animadoras que você venha a conhecer. Pode ates e tornar difícil comparar essa experiência com o processo por vezes desagradável da dieta normal. Você não vai ficar irritadiça nem deprimida, porque não vai precisar passar fome ou se privar de qualquer coisa que realmente deseje. Trata-se de um método em que a força de vontade e a repressão são coisas do passado. Você vai se sentir cada vez mais cheia de vigor e energia, à medida que cada célula receber mais dos elementos nutritivos que ela requer. Mas você poderá sentir uma tontura, devido à comunicação com a mente interior, enquanto estiver livrando seu corpo de pesadas impurezas. E vai perder quilos mais rapidamente do que com a maioria das dietas de moda, sem a usual tortura ou depressão dessas dietas.

INICIANDO A TRANSFORMAÇÃO
Como é que você pode iniciar essa transformadora dieta? Primeiro você precisa desejar ter êxito. Depois, deve relaxar e escutar o silencio interior. Procure fortalecer a ligação com o EU interior. Sinta a presença de um poder maior e de sua fonte interior. Pois, quando a mente não está em sincronismo com esse EU superior, o corpo, conseqüentemente, exige mais, e o resultado é que ele é superalimentado e, simultaneamente, subnutrido. Tendemos a tentar eliminar sentimentos de vazio enchendo o estômago.

No segundo passo, visualize como se sentiria quando estivesse mais leve e esbelta. Seja realística quanto a seus objetivos e anote isso. Por exemplo: eu vou gostar de como as roupas vão cair em mim, vou ficar melhor de maiô, e vou sentir uma crescente energia. Mantenha o realismo de suas expectativas. Procure se abster de fantasias irrealistas que não podem ser realizadas, como: minha vida vai mudar completamente; eu vou ser incessantemente convidada para sair; eu vou ser a próxima Miss Universo. Esse sonhar inútil só pode levar a desapontamento e pode resultar em comer demais por compensação. Talvez toda a sua vida não mude pelo fato de você ficar mais esbelta, mas você pode realmente esperar sentir-se mais atraente, vibrante, viva.

COMA MELHOR_ NATURALMENTE
O terceiro passo consiste em pedir orientação para montar uma lista do ‘que comer’ [alimentos recomendados pelo seu guia interior, para fins de saúde e bem-estar]. Escute, confie, e anote o que ouvir. Provavelmente você vai se ver comendo segundo uma dieta mais saudável e variada. E também se verá pensando no que comer, e não apenas pegando qualquer coisa que esteja convenientemente disponível.

A mensagem que veio para mim,do interior, falou em comer de horta e pomar. E logo eu estava comendo uma dieta mais variada e interessante, com mais alimentos escolhidos entre frutas e legumes. Quando eu comecei a descobrir todos os interessantes e estimulantes modos de preparar produtos frescos, fiquei espantada de ver como não comer outras comidas pode se tornar uma alegria, ao invés de um sentimento de perda.

Em quarto lugar, antes de cada refeição, tire um instante de silencio para introverter sua consciência. Que mensagem você ouve depois que diminuiu a tagarelice negativa do cérebro? Sinta o silencio acalmando seus inúmeros pensamentos inquietos. Agora, faça a pergunta: que devo comer?...E espere.

Você pode ficar surpresa de ver como a resposta vem clara e facilmente do seu interior. Se você está preparando uma refeição ou jantando fora, pergunte a si mesma que alimento seria melhor você servir ou pedir. A resposta virá porque seu Eu interior conhece o metabolismo do seu corpo e sabe que alimentos vão interagir com outros de modo a produzir o correto equilíbrio do seu organismo.

VOCÊ NÃO VAI PASSAR FOME
Você pára automaticamente de comer de modo insensato, quando deixa que a voz interior substitua os antigos padrões de comportamento. E comer o que é melhor para você limpa ainda mais sua audição interior, aumentando a receptividade para a orientação de dentro. Isso ajuda a restaurar o equilíbrio de sua trindade pessoal de corpo, mente e alma. E você pode então desfrutar uma ambrosia de unidade em seu próprio âmago.

A voz interior está em perfeita harmonia com seu corpo e sua mente. Se você comer somente quando seu verdadeiro EU pedir, você vai cortar calorias que são inconscientemente consumidas por modificação nervosa, lanchinhos entre refeições ou almoços apressados. Você não vai passar fome. Aí é que está a beleza de escutar. Lembre-se: se você não está com fome quando está comendo, então não está escutando. Se você pega um saco de batata frita em lugar de uma maça, não está escutando! É simples; apenas escute o silêncio da sua mente, antes de levantar o garfo.

Além disso, não fique espantada se, durante um desses momentos de silencio, essa voz interior sussurrar que você participe em algum tipo de caminhada ou exercício leve. Mais ainda, talvez você se sinta realmente compelida a fazer isso, quando, no passado, mesmo a idéia desse gênero de atividade parecia impensável. Você poderá ainda sentir a necessidade de beber mais água, para eliminar toxinas. Você chegará inclusive a se ver desejando um copo de pura água! Sucos de frutas e ervas para chás são suplementos para se ter à mão, para um corpo que está ficando mais magro ao mesmo tempo está sendo estimulado.

A luta contra o excesso de peso às vezes é chamada de ‘batalha contra a obesidade’. A sustentação de uma dieta é realmente uma batalha, travada entre as nossas fases subconsciente e consciente. Podemos ficar desligados da nossa fonte superior [nosso EU interior] por preocupações, expectativas, temores e tensões de todos os dias, e por um persistente sentimento de inutilidade. Essas disposições podem atacar inadvertidamente e criar um desejo irracional de alimento. Quando você se conscientizar de que comer demais é um sintoma de conflito entre as fases consciente e subconsciente de sua mente, seu corpo deixará de ser usado como uma campo de batalha. Você poderá então restabelecer rapidamente uma linha direta de comunicação com o seu guia interior e controlar a obsessão de escapismo pelo alimento.

PROBLEMAS DE COMER
A vigilância quanto a sinais de um comer doentio pode ajudar você a reconhecer quando a ligação com o seu guia interior foi cortada por estática subconsciente.

ð Comer por Medo: é um recurso para se evitar alguma coisa. Será que você está comendo para evitar uma decisão que deve tomar, uma situação que deve enfrentar, ou um projeto que deve completar? Se é este o caso, então escute sua voz interior para ser orientada em como enfrentar o medo e restabelecer os hábitos de alimentação corretos. Procure a causa e encontra a cura!


ð Comer Compulsivo: é o comer por medo fora de controle. As linhas de comunicação com o seu EU interior estão emaranhadas e o resultado é uma ligação defeituosa. Você pode já ter enfrentado o medo que provocou essa condição, mas a compulsão destrutiva de comer pode persistir. Desembarace aquelas linhas com pensamento tranqüilo e fortaleça sua conexão pela meditação.


ð Comer por Tédio: é geralmente uma opção mais consciente e, assim, a mais fácil de corrigir. Primeiro, faça alguma coisa contra o seu tédio. Se não sabe por onde começar, peça orientação ao seu EU interior. Dentro de trinta e seis horas você sentirá intuitivamente a resposta para sua falta de distração pessoal. Enquanto isso, não continue com a sua voracidade. Faça contato com o seu EU interior e faça força para diminuir sua peregrinação à cozinha.


ð Comer por Frustração: resulta de você se sentir ineficaz e sem controle de sua vida. A meditação ajudará você a sentir tranqüilidade, um saber sereno que sua vida tem direção divina. Uma vez que você reafirme o seu propósito, não só será capaz de restabelecer o padrão apropriado de alimentação, mas desfrutará também uma renovada consciência do seu caminho na vida.


ð Comer por depressão: é de longe o mais perigoso tipo de alimentação excessiva, porque você pode se sentir impotente e desligada de sua luz interior. Quando isto ocorrer, procure sem demora o motivo de estar se sentindo impotente e tome providências para alterar a situação. Neste caso você tem d escutar muito atentamente, não só para nutrir o corpo de maneira saudável, mas também para nutrir a alma.


ð Comer Doces: acontece quando há interferência da voz infantil do passado. Essa voz dos nossos dias de infância existe no âmago de todo adulto e pode ser confundida com o sussurro do Eu interior. Quando crianças, muitas vezes fomos recompensados e tratados com amor por meio de balas e doces. Como pessoa adulta, o fato de você dar amor a si mesma comendo doces demais é no máximo temporário, e em geral resulta num grau ainda maior de auto-sujeição quando você observa as gordurinhas se multiplicando.


ð A Mordicaçao Nervosa: relaciona-se com o estresse. Sentimos a necessidade de ter sucesso e as pressões pelo desempenho. Ás vezes parece impossível satisfazermos as nossas próprias expectativas ou as de outrem. Comer cria uma fuga momentânea. Em lugar de se aliviar com alimentação, você pode aliviar a pressão liberando suas preocupações e passando-as para o EU interior. Tudo está em estado de perfeição, mesmo que essa perfeição pareça estar em desordem. Confie e escute em seu âmago e você será bem orientada.

Comer demais é uma forma de fuga e um modo de evitar a responsabilidade pela qualidade da sua saúde. Em lugar disso você pode levar uma vida encantada por milagres e levar a bom tremo tudo o que você deseja fazer e ser. Você é Luz. Deixe seu EU interior guiá-la para o conhecimento disso, enquanto se livra dos quilos que obscurecem o seu brilho.
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[Texto de Paula R. Raskin]