17 de fev. de 2012

Sapiência Suprema

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Inteligente é quem outros conhece;
Sapiente é quem se conhece a si mesmo.
Forte é quem outros vence;
Poderoso é quem se domina a si mesmo.
Ativo é quem muito trabalha,
Rico é quem vive contente.
Firme é quem vive em seu posto,
Eterno é quem supera a morte.


Explicação: Nestes aforismos paradoxais focaliza Lao-Tse a quintessência do auto-conhecimento, que transborda em auto-realização. O correto agir segue infalivemente à consciência do reto ser. Toda a mística do auto-conhecimento transborda irresistivelmente na ética da auto-realização – assim como toda a árvore boa produz frutos bons. Nenhum homem pode agir eticamente se não teve a experiência mística do seu verdadeiro ser.

O Agir segue ao Ser.  
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Lao-Tse_Tao Te King

O Poder do Invisível

Tao é insondável,
É invisível, apesar do seu Poder.
O mundo não o conhece.
Se reis e príncipes tivessem consciência de Tao,
Todas as criaturas lhes prestariam
Espontânea homenagem.
O céu e a terra se uniriam em júbilo,
Para faz,
Para fazer descer suave orvalho,
E os homens viveriam em paz,
Mesmo sem governo algum.
Quando Tao assume forma,
Pode ser conhecido mentalmente,
Mas todos os conceitos
São apenas indícios
Que apontam para o Inconcebível.
Não se esqueça o homem da sua limitação.
Quando consciente da sua limitação,
Não há perigo.
Neste caso, a relação
Entre o concebível e o Inconcebível
É como entre regatos e lagos
E as grandes torrentes que demandam os mares.

Explicação: Toda a física é uma manifestação parcial da metafísica total. Todo o finito revela o Infinito, mas também o vela, porque nenhum finito pode revelar totalmente o Infinito.

A transcendência  do Infinito em si é sempre infinitamente maior do que todas as suas imanências nos finitos. A imanência é cognoscível; a transcendência é incognoscível. Somente a intuição racional e espiritual é que adivinha ou fareja a Divindade Transcendente, que não é objeto da análise empírico-intelectual.

A transcendência de Tao nos enche de reverente assombro – a sua imanência nos enche de suave amor.
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Lao-Tse_Tao Te King

Todas as Armas são Nefastas

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Armas, por mais excelentes, são instrumentos nefastos,
Que o homem correto despreza.
Quem conhece Tao
Não se serve delas.
O homem nobre, em tempo de paz,
Se serve da benevolência;
Só, na guerra, recorre à violência.
Todas as armas são calamidades,
De que o homem correto não faz uso.
Só quando obrigado, as usa,
E, mesmo na luta forçada,
A paz e o sossego lhe são supremos.
Quando vencedor, não se alegra.
Quem pode ter gozo em massacres humanos?
Quem se alegra com guerras homicidas,
Não realiza o destino da vida.
Em tempos bons, apreciamos a justiça;
Em tempos maus, recorremos ao “direito”.
Sabedoria é paz e amor.
Estultícia é ódio e guerra,
A ilusão do ‘direito’ é do ego,
A verdade da justiça é do Eu.
Ilusão e direito geram violência.
Verdade e Justiça geram benevolência.

Explicação: Nenhum ego pode, por si mesmo, chegar a esta conclusão se não se abrir à invasão das potências invisíveis do cosmos -  assim como nenhuma soma de zeros pode por si mesma produzir o valor positivo “1”. “Do mundo dos fatos não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores” [Einstein].   

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Lao-Tse_Tao Te King

A Paz Nasce da Mansuetude

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O Chefe de Estado que obedece a Tao
Não tenta dominar com violência.
Porque sabe que toda a violência
Recai sobre o próprio violento.
Nos campos de batalha,
Só medram espinhos e cardos.
Guerras geram angústias e miséria.
Por isto, o sábio vive sem armas,
Não obriga ninguém com violência,
Não conhece ambição nem glória,
Não alimenta presunção alguma,
Nem aspira ao poder.
Faz o que deve fazer,
Mas sem forçar ninguém.
Ele conhece o ritmo da evolução,
Sabe que tudo falha
Quando contradiz às leis da vida,
Porque todas as ilusões
Depressa se dissipam.

Explicação: Uma guerra justa não é essencialmente melhor do que uma guerra injusta, porque ambas têm por base a egoidade humana, que em si mesma é um fator negativo.

Quando se trata da alternativa de “matar ou morrer”, o ego opta pela primeira e a justifica, porque, para ele, morrer é deixar de existir, ao passo que, para o Eu divino no homem, morrer não é deixar de existir, e morrer para não matar equivale a existir melhor e mais verdadeiramente.

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Lao-Tse_Tao Te King

O Poder da Não-Violência

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Revela a experiência que o mundo
Não pode ser plasmado à força.
O mundo é uma entidade espiritual,
Que se plasma por suas próprias leis.
Decretar ordem por violência
È criar desordem.
Querer consolidar o mundo à força
É destruí-lo.
Porquanto, cada membro
Tem sua função peculiar:
Uns devem avançar,
Outros devem parar.
Uns devem clamar,
Outros devem calar.
Uns são fortes em si mesmos,
Outros devem ser escorados.
Uns vencem na luta da vida,
Outros sucumbem.
Por isto, ao sábio não interessa a força,
Não se arvora em dominador,
Não usa da violência.

Explicação: “Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra” – esta beatitude não é só do Cristo, mas também de Gandhi, de Tolstoi, de Thoreau, de Lao-tse e de todos os conhecedores da natureza humana integral.

O animal, que só é impelido pelos sentidos, e o homem-ego, que ampliou a sua violência pela inteligência -  todos eles apelam para a força.

Mas o homem racional-espiritual sabe que o espírito é o maior poder, que não necessita de violência, porque violência é prova de fraqueza.

E, por mais estranho que pareça, o homem não violento também possuíra a terra, porque ninguém pode possuir algo ou alguém sem que o possuído concorde em ser possuído. Somente um possuidor não violento possui realmente o possuído.
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Lao-Tse_Tao Te King

Simplicidade do Coração como Força Cósmica

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Do homem, forte em sua virilidade,
Aliado a delicada feminilidade,
Brotam as nascentes do mundo.
Nele está a fonte da vida,
E por isto não será jamais abandonado
Pelas forças que radicam no próprio Eu.
Regressa à ingenuidade da criança.
O homem penetrado de luz
Prefere conservar-se no escuro,
Quem se tornou a luz do mundo,
Porque ele é auto-luzente.
Jamais o desertarão as potências da luz.
Remonta até à fonte da vida
Quem sabe da sua interna grandeza,
E, não obstante, permanece humilde
Por ele é redimido o mundo.
Sem fim é o borbulhar da sua força
Quem encontrou a simplicidade do seu coração.
Se esta simplicidade de coração
Se difundir entre os homens,
Tornarão eles a compreender
O mistério do Tao.
O sábio designa homens desses
Para os pontos-chave do mundo
E, graças a homens desses,
O mundo será regenerado.
O verdadeiro poder nasce de dentro do homem.

Explicação: É a continuação do pensamento: o que provém das conveniências sociais não tem valor, mas sim o que nasce da consciência individual. Não são as convenções superficiais do ego que dão dignidade ao homem, mas sim a sua convicção de profundidade. O que vale é o que o homem é, não o que o homem diz ou faz ou tem. É esta a verdade fundamental que pervade toda a filosofia sapiencial de Krishna, do Cristo, de Lao-Tse e de todos os verdadeiros iniciados.

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Lao-Tse_Tao Te King

Cultura Genuína

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Quem anda direito não deixa rastro,
Quem fala bem não diz desacertos.
Quem calcula bem não usa lembretes.
Quem fecha bem dispensa fechaduras e ferrolhos,
E contudo ninguém o pode abrir.
Quem amarra bem não usa corda nem barbante,
E contudo ninguém pode desatar.
Assim, o sábio, em sua madureza,
Sabe sempre ajudar os homens.
Para ele, ninguém está perdido.
Sabe aperfeiçoar tudo que existe,
E não vê mal em ser algum.
É este o duplo segredo
De toda a realização do homem:
O homem pleni-realizado
Ajuda sempre ao menos realizado.
O homem mais culto
Ajuda sempre ao menos culto.
Pelo que, ó homem, trata com reverência
Ao homem mais maduro que tu.
E envolve em sincero amor
Aquele que necessita de ti.
Quem não age assim
Ignora a cultura genuína.
Vai nisto um grande segredo.

Explicação: O verdadeiro sábio está sempre disposto a ajudar o menos sábio. A suprema sabedoria tolera de boa mente ser tachada de loucura. Quem traz dentro de si o testemunho da sapiência, pode tranqüilamente passar por insipiente. Não necessita de ostentar grandeza quem é realmente grande. Só os pseudo-sábios e os pseudo-grandes fazem alarde de sua sapiência e grandeza.

“Se algum de vós quiser ser grande – dizia o Cristo a seus discípulos – seja o servidor de todos. 

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Lao-Tse_Tao Te King

Maestria da Vida por uma Dignidade Silenciosa

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Quem de boa vontade carrega o difícil,
Supera também o menos difícil.
Quem sempre conserva a quietude,
É Senhor também da inquietude.
Por isto, o sábio carrega de boa mente
O fardo da sua jornada terrestre.
Nunca se deixa iludir
Por deslumbrantes perspectivas.
Trilha com tranqüila dignidade
O seu solitário caminho.
O homem profano, porém,
Que se derrama pela vida superficial,
Dissolve com sua leviandade
A solidez da sociedade;
Destrói com sua inquietude
A quietude do Reino,
E destrói também o seu próprio Reino.

Explicação: O valor não está em atos, mas na atitude; não está no dizer ou no fazer, mas no Ser. O Ser é a fonte; o fazer e o dizer são apenas canais, cujo conteúdo não existe por si, mas graças à fonte.

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Lao-Tse_Tao Te King

A Fonte do Ser e os Canais do Devir

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Nas profundezas do Insondável
Jaz o Ser.
Antes que céu e terra existissem,
Já era o Ser,
Imóvel, sem forma,
O Vácuo, o Nada, berço de todos os Possíveis.
Para além de palavra e pensamento
Está Tao, origem sem nome nem forma,
A Grandeza, a Fonte eternamente borbulhante,
O ciclo do Ser e do Existir.

Explicação: Através de séculos e milênios agita a filosofia a controvérsia sobre o Aqui-Ser, sobre a ultimérrima Realidade, a Essência, o substrato de todas as coisas existenciais. Mas este problema não é objeto de análise, e nunca atinge o Próton originário, mas somente os derivados. Unicamente a intuição, o total ego-esvaziamento e sua subseqüente cosmo-plenificação é que podem dar uma resposta, não em forma de uma prova ou demonstração, mas como uma experiência ou imediata vivência da Realidade Fundamental do Cosmos.

Esse Silêncio-presença, esse Silêncio-plenitude, é a única atitude necessária e suficiente para a experiência da Realidade.

A certeza, escreveu Einstein, não vem das provas, mas é anterior a qualquer prova.

A certeza vem da evidencia imediata da própria Realidade.

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Lao-Tse_Tao Te King

A Vida Correta Nasce da Naturalidade

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Quem se ergue nas pontas dos pés
Não pode ficar por muito tempo.
Quem abre demais as pernas
Não pode andar direito.
Quem se interpõe na luz
Não pode luzir.
Quem dá valor a si mesmo
Não é valorizado.
Quem se julga importante
Não merece importância.
Quem se louva a si mesmo
Não é grande.
Tais atitudes são detestadas
Pelos poderes celestes.
Detesta-a também tu, ó homem sapiente.
Quem tem consciência da sua dignidade,
De ser veículo do Infinito,
Se abstém de tais atos.

Explicação: Esta sabedoria concorda com as palavras do Nazareno: “quem quiser ser grande seja o servidor de todos...quem se exaltar será humilhado”.

Harmoniza também com a sapiência da Bhagavad Gita: “O ego é o pior inimigo do Eu, mas o Eu é o melhor amigo do ego...O ego é um péssimo Senhor, mas é um ótimo servidor”.

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Lao-Tse_Tao Te King

Vitória Pela Auto-Suficiência

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Quem pouco fala, encontra atitude certa
Em todos os acontecimentos.
Não desespera quando rugem tufões,
Porque sabe que não tardam a passar;
Sabe que um chuveiro não dura o dia todo,
É produzido pelo céu e pela terra.
Se tudo é inconstante,
Como não seria o homem?
Por isto o que importa
É a atitude interna,
Isto é: adaptar-se em silêncio
A todos os acontecimentos.
Quem harmoniza os seus atos
Com o Tao da Realidade
Se torna um com ele
Quem, no seu agir, é determinado
Por seu próprio ego,
Identifica-se com o ego.
Quem identifica o seu agir com coisa qualquer,
É identificado com esta coisa.
Quem sintoniza com a alma do Infinito,
Se assemelha em tudo ao Infinito.
E quem assim se harmoniza com o Infinito,
Recebe os benefícios do Infinito.
Tanta confiança recebe cada um,
Quanta confiança ele der.

Explicação: Aqui é enunciado o antiqüíssimo princípio hermético: o homem só pode receber algo na medida em que ele dá. O receber na vertical é diretamente proporcional ao dar na horizontal. A receptividade é proporcional à datividade. O segredo de enriquecer não está no receber, mas sim no dar. As águas da Fonte Cósmica só enchem os canais humanos na medida em que estes se esvaziarem. 

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Lao-Tse_Tao Te King

Da Lei da Compensação Interior

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O que é imperfeito será perfeito;
O que é curvo será reto;
O que é vazio será cheio;
Onde há falta haverá abundância;
Onde há plenitude haverá vacuidade;
Quando algo se dissolve, algo nasce.
Assim, o sábio,
Encerrando em si a alma do Uno,
Se torna modelo do Universo.
Não dá importância a si mesmo,
E será considerado importante.
Não se interessa por si mesmo,
E será venerado por todos.
Nada quer para si,
E prospera em tudo.
Não pensa em si,
E é superior a tudo.
E, por não ter desejos,
É invulnerável.
Por isto, há muita verdade
No velho ditado:
Quem se amola é forte.
É esta a meta suprema
Da vida humana.

Explicação: Estas palavras são quase uma paráfrase da sabedoria de Paulo de Tarso: “A fraqueza de Deus é mais forte que a força dos homens; a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria dos homens...quando sou fraco, então sou forte...Eu morro todos os dias, e é por isto que eu vivo”.

Correspondente também às palavras do Nazareno: “Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida, por minha causa, ganha-la-á”.

É o principio da homeopatia cósmica: quanto menor é a quantidade, tanto maior é a qualidade.

É a alma da Cosmoterapia.
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Lao-Tse_Tao Te King

Confiança na Força Interior

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A norma suprema para conduzir
Está em ser conduzido pelo Poder Supremo.
Como atua o Poder Supremo?
Ninguém o sabe!
De um modo incognoscível e incompreensível,
Desentranha ele as forças espirituais,
Mobiliza as energias formativas,
Incompreensível e insondavelmente.
O Poder Supremo traz em si
Os germes embrionários da evolução.
Dos germes brotam as facticidades,
Porque eles mesmos nasceram da Suprema Realidade.
Os germes, manifestando sua potencialidade,
São a origem de todas as atualidade.
Donde eu sei isto?
Sei isto por eles mesmos.

Explicação: Aqui desce o autor à mais profunda metafísica de todas as coisas físicas. Essa metafísica da potencialidade não é objeto de provas empírico-analíticas – é o “postulado” de Descartes; é a “evidência” de Einstein; é o “Pai” do Cristo. Essa certeza pré-analítica não é resultado de provas intelectuais, mas é a intuição, a silenciosa voz que nasce de uma profunda e diuturna auscultação cósmica, como a conhecia todos os grandes iniciados: Moisés, Elias, Jesus, Paulo de Tarso, Francisco de Assis, Mahatma Gandhi, e certamente o próprio Lao-Tse. A ultima e decisiva certeza é fruto de um grande silêncio-presença, de uma profunda vacuidade-plenitude.
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Lao-Tse_Tao Te King

O Aparente Fracasso do Homem Espiritual

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Renunciai à vossa pretensa cultura,
E todos os problemas se resolvem.
Oh! Quão pequena parece a diferença
Entre o sim e o não!
Quão exíguo o critério
Entre o bem e o mal!
Como é tolo não respeitar
O que merece ser respeitado de todos!
Ó solidão que me envolve todo!
Todo o mundo vive em prazeres
Como se a vida fosse uma festa sem fim,
Como se todos sorrissem em perene primavera! –
Somente eu estou só...
Somente eu não sei o que farei...
Sou como uma criança que desconhece sorriso...
Sou como um foragido
Sem pátria nem lar...
Todos vivem em abundância
Somente eu não tenho nada...
Sou um ingênuo, um tolo...
É mesmo para desesperar...
Alegres e sorridentes andam os outros!
Deprimido e acabrunhado ando eu...
Circunspectos são eles, cheios de iniciativa!!!
Em mim, tudo jaz morto...
Inquieto, como as ondas do mar,
Assim ando eu pelo mundo...
A vida me lança de cá para lá,
Como se eu fosse uma folha seca...
A vida dos outros tem um sentido,
Eu não tenho razão-de-ser...
Somente a minha vida parece vazia e inútil;
Somente eu sou diferente de todos os outros –
...
E no entanto -  sossega meu coração!
Tu vives no seio da mãe do Universo.

Explicação: À primeira vista parece estranho esse pessimismo do autor, esse lúgubre desânimo da vida, que lembra os lamentos de Job. Mas, não convém esquecer que todo o homem que deixou a sociedade dos profanos, tem de inicio, a sensação de uma solidão imensa, de um Saara sem oásis; sente-se exilado, sem pátria nem lar. O homem espiritual se sente desambientado aqui na terra; ninguém o compreende; todos o consideram como um estranho, não pertence ao nosso mundo. O próprio Jesus passou por esses transes: “As raposas têm suas cavernas, as aves têm seus ninhos – o Filho do Homem não têm onde reclinar a cabeça”. E a seus discípulos diz ele: “Por causa de mim e do Evangelho sereis odiados de todos...”. “Bem-aventurados os que choram...”

Ao descer do Tabor, ele exclama: “Ó geração perversa e sem fé!, até quando estarei convosco? Até quando vos suportarei?”...

Mas esta aparente solidão e abandono do homem espiritual é a “Comunhão dos Santos”, a mais bela companhia do Universo, como Lao-Tse lembra nas últimas linha. É o total abandono de Job -  que estava na companhia de Deus, no coração do Universo. Abandonado se sente o ego -  bem amparado está sempre o Eu. “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?...Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.”   

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Lao-Tse_Tao Te King